sábado, 20 de novembro de 2010

Diabetes parte II!


Como já foi dito no post anterior o tratamento consiste em: dieta + atividade física+ se necessário insulina ou hipoglicemiantes orais.

Aqui estão algumas orientações nutricionais para diabéticos:

-Comer de 3 em 3 horas para evitar hipoglicemias severas;
-Evitar o consumo de açúcar(utilizar sucralose ou stévia), doces, refrigerantes;
-Substituir carnes gordas pelas magras;
-Evitar frituras;
-Reduzir o consumo de produtos industrializados;
-Aumentar o consumo de frutas e hortaliças;
-Sempre iniciar o almoço e jantar com uma boa quantidade de salada;
-Aumentar o consumo de fibras substituindo alimentos refinados por integrais;
-Aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega 3, cromo, zinco, vitamina C e E;
-Verificar nos rótulos dos produtos diet qual o nutriente é isento;
-Diminuir a ingestão de sal;
-Preferir alimentos de baixo índice e carga glicêmica;
-Incluir no cardápio sempre que possível: azeite de oliva, aveia, abacate, mirtilo, chá verde e biomassa da banana verde.
-Procurar um nutricionista para dieta específica e individualizada.

Importante lembrar que Nada é Proibido, apenas deve ter equilibrio e atenção redobrada! ;)

Obs:
O índice glicêmico (IG) é o potencial que um determinado alimento tem de aumentar a carga de açúcar no sangue.


Links :

Tabela de IG:
http://nutricao.diabetes.org.br/images/pdf/215_Tabela_de_IG.pdf


http://www.sanofi-aventis.com.br/live/br/pt/layout.jsp?scat=B77F1C0C-A67B-45A3-A87C-A9513B3C4580

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Diabetes parte I


Hoje vou começar a falar um pouquinho sobre diabetes, aproveitando que no dia 14 de novembro foi o dia mundial da prevenção da mesma.

Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF)'' em todo o mundo, pelo menos 245 milhões de pessoas têm diabetes e um alto percentual vive em países em desenvolvimento.
Em 30 anos, este número deve chegar a 380 milhões no mundo. No Brasil cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e aparecem 500 novos casos por dia.

Essa patologia ocorre quando há um aumento de glicose (açúcar) no sangue. Podendo ser de 2 tipos:

-Tipo 1:
Este tipo ocorre quando o pâncreas deixa de produzir insulina (hormônio responsável pela entrada de glicose nas células), tendo como causa uma ação auto-imune onde o próprio organismo destrói as células beta pancreáticas.
Neste tipo de diabetes é necessário insulinoterapia.

A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus. Outro dado é que, no geral, é mais frequente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

Sintomas:

Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
• Vontade de urinar diversas vezes;
• Fome freqüente;
• Sede constante;
• Perda de peso;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Nervosismo;
• Mudanças de humor;
• Náusea;
• Vômito


-Tipo 2:

Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60%a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.

Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência Insulínica".

O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.

Sintomas:

Infecções freqüentes;
Candidíase de repetição;
Alteração visual (visão embaçada);
Dificuldade na cicatrização de feridas;
Formigamento nos pés;
Furunculose.

O inicio dos sintomas é lento e podem passar despercebidos por longos períodos, dificultando seu diagnóstico e o tratamento.

O diabetes descompensado leva a algumas complicações como:

Cegueira;
Problemas Cardiovasculares;
Amputações de membros inferiores;
Impotência;
Insuficiência Renal.

Diagnósticos e Exames de Rotina:

-Glicemia de jejum :


Inicialmente, o primeiro exame realizado para verificar se um indivíduo é portador de diabetes, ou possui tendência a se tornar, é a glicemia de jejum.
Os valores considerados normais, após jejum de oito horas, são de 70 a 110 mg/dl. Valores acima de 125 mg/dl indicam uma suspeita de diabetes, exigindo a realização de exames mais específicos, dentre os quais a Curva Glicêmica ( teste de tolerância a glicose ). No entanto, valores acima de 126 mg/dl (por 2 vezes consecutivas) são suficientes para se afirmar que o individuo está diabético, dispensando a realização de qualquer outro exame.

-Glicemia pós-prandial :

O método mais simples e cômodo para avaliar se o indivíduo está diabético, principalmente do tipo 2, é dosar a glicemia 1, 2, 3 horas após uma refeição rica em carboidratos. Em pessoas normais a glicemia não deve ser superior a 160 mg/dl,, 120 mg/dl, 100 mg/ dl em 1,2, 3 horas respectivamente.

-Curva glicêmica :

Este exame consiste em, após uma coleta de sangue em jejum, administra-se glicose por via oral e repete a coleta de sangue 1, 2, 3 horas após, os resultados deste teste dependem do método de analise, mas continua sendo o melhor meio de diagnóstico do diabetes. Valores em jejum acima de 130 mg/dl e após 2 horas acima de 200 mg/dl confirmam o diagnóstico de diabetes mellitus.


Fontes: http://www.diamundialdodiabetes.org.br/
http://www.diabetes.org.br/
http://www.portaldiabetes.com.br/

Parabéns Nando!



Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...\o/

Hoje é niver de uma pessoa super especial na minha vidinha!!!

Feliz Niver meu irmãoooooooooo!!!!

Que Deus te ilumine e proteja sempre, sempre!

Te amo!

Sempre e pra sempre!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Alimentos Reimosos???




Oláááá,

já começo pedindo desculpas pelo abandono do blog..
Mas a implantação de todo o serviço de nutrição em um hospital recém inaugurado da uma trabalheira danada! Mas está valendo muitoooooooo a pena.. =)

Hoje meu post será inspirado em uma dúvida frequente dos pacientes da ala cirúrgica..

Toda vez escuto a mesma pergunta: "Dra., não é bom comer alimentos "reimosos" no pós operatório, né?"

Alimentos considerados "reimosos": Carne de porco, peixes de couro, ovos, camarão, caranguejo, pato, tatu, paca, capivara, frutas cítricas, dentre outros.

E ai será que realmente existe isto de alimentos com "reima"???

Sinto decepcionar meus avós, mas não existe! rsrsrs..

Não existe nenhuma base científica que afirme a existência e nem um concenso de origem popular.

Porém, como quase todos alimentos ditos "reimosos" estão ligados a inflamação e alergia creio eu que ocorreu uma generalização da dieta.
Partindo do príncipio da individualidade bioquímica, o que é alérgeno para uma pessoa não necessariamente é para a outra.

Outra coisa que percebo é quando os alimentos "reimosos" estão envolvidos com doenças de repetição. Por exemplo, "fulano comeu tal alimento "reimoso" antes de curar a malária completamente". O que ocorreu ai não foi uma malária não curada e sim uma outra novinha em folha! rsrs

Por isso, não se assustem se no cardápio do hospital aparecer alguma "reima"..rsrsrs!