quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Diabetes parte I


Hoje vou começar a falar um pouquinho sobre diabetes, aproveitando que no dia 14 de novembro foi o dia mundial da prevenção da mesma.

Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF)'' em todo o mundo, pelo menos 245 milhões de pessoas têm diabetes e um alto percentual vive em países em desenvolvimento.
Em 30 anos, este número deve chegar a 380 milhões no mundo. No Brasil cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e aparecem 500 novos casos por dia.

Essa patologia ocorre quando há um aumento de glicose (açúcar) no sangue. Podendo ser de 2 tipos:

-Tipo 1:
Este tipo ocorre quando o pâncreas deixa de produzir insulina (hormônio responsável pela entrada de glicose nas células), tendo como causa uma ação auto-imune onde o próprio organismo destrói as células beta pancreáticas.
Neste tipo de diabetes é necessário insulinoterapia.

A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus. Outro dado é que, no geral, é mais frequente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

Sintomas:

Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
• Vontade de urinar diversas vezes;
• Fome freqüente;
• Sede constante;
• Perda de peso;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Nervosismo;
• Mudanças de humor;
• Náusea;
• Vômito


-Tipo 2:

Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60%a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.

Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência Insulínica".

O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.

Sintomas:

Infecções freqüentes;
Candidíase de repetição;
Alteração visual (visão embaçada);
Dificuldade na cicatrização de feridas;
Formigamento nos pés;
Furunculose.

O inicio dos sintomas é lento e podem passar despercebidos por longos períodos, dificultando seu diagnóstico e o tratamento.

O diabetes descompensado leva a algumas complicações como:

Cegueira;
Problemas Cardiovasculares;
Amputações de membros inferiores;
Impotência;
Insuficiência Renal.

Diagnósticos e Exames de Rotina:

-Glicemia de jejum :


Inicialmente, o primeiro exame realizado para verificar se um indivíduo é portador de diabetes, ou possui tendência a se tornar, é a glicemia de jejum.
Os valores considerados normais, após jejum de oito horas, são de 70 a 110 mg/dl. Valores acima de 125 mg/dl indicam uma suspeita de diabetes, exigindo a realização de exames mais específicos, dentre os quais a Curva Glicêmica ( teste de tolerância a glicose ). No entanto, valores acima de 126 mg/dl (por 2 vezes consecutivas) são suficientes para se afirmar que o individuo está diabético, dispensando a realização de qualquer outro exame.

-Glicemia pós-prandial :

O método mais simples e cômodo para avaliar se o indivíduo está diabético, principalmente do tipo 2, é dosar a glicemia 1, 2, 3 horas após uma refeição rica em carboidratos. Em pessoas normais a glicemia não deve ser superior a 160 mg/dl,, 120 mg/dl, 100 mg/ dl em 1,2, 3 horas respectivamente.

-Curva glicêmica :

Este exame consiste em, após uma coleta de sangue em jejum, administra-se glicose por via oral e repete a coleta de sangue 1, 2, 3 horas após, os resultados deste teste dependem do método de analise, mas continua sendo o melhor meio de diagnóstico do diabetes. Valores em jejum acima de 130 mg/dl e após 2 horas acima de 200 mg/dl confirmam o diagnóstico de diabetes mellitus.


Fontes: http://www.diamundialdodiabetes.org.br/
http://www.diabetes.org.br/
http://www.portaldiabetes.com.br/

Um comentário:

  1. Muito bom! Esclarecedor, claro e objetivo principalmente para leigos como eu....lá vou eu emagrecer e sair do sendentarismo rss

    ResponderExcluir